quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Sobriedade'mbriagada.

Ainda não sei se é ironia ou hipocrisia escrever enquanto me encontro em um estado diferente do que me sinto estando misturada a outras coisas. Acontece que agora - felizmente, não estou completamente sóbria, mas tenho resquícios de sobriedade em mim, entende?
Então não me leve a mal, é algo simultâneo e me embriagar é somente o que tenho no momento para sentir-me feliz mesmo que momentaneamente. Amanhã eu conto os prejuízos.
É que. Eu sinceramente não sei o que seria da minha calma sem o cigarro nos momentos de estresse, porém são poucos os momentos em que posso ter um cigarro em mãos preso entre os meus dedos para chamar de meu deixando uma marca vermelha de batom. Por isso tantas e tantas vezes me vejo atordoada e com a calma que me resta por um fio. 
Não sei dizer o que seria de uma parte da minha felicidade se não me dedicasse a me embriagar de vez em quando, não que eu seja uma completa infeliz, só não sei explicar o quanto a bebida me preenche porque fico plenamente satisfeita quando busco refúgio nessas doses ficando completamente fora desse mundo trazendo à tona várias lembranças. E se eu tivesse um mísero cigarro em mãos estaria ainda mais longe de tudo estando distante fingindo um estado aceitável que não beirasse a depressão.
Eu amo apreciar tudo o que gosto sem moderação. 
...Eu amo tanto que nem sei.
Tarde demais, já chorei.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Não me identifico mais com ninguém. Antes eu me achava madura demais, e usava isso como justificativa para não me identificar com os outros da minha idade. Depois achei que tivesse a mente virada ao avesso, porque não me identificava com nenhum menino. Mas depois percebi que as meninas também não me entendiam. Parei de tentar justificar tudo. Ultimamente nada mais explica o fato de eu ser assim. E não sei se me incomodo, por parecer mais perdida que o normal, ou se agradeço, por conseguir, acima de tudo, enxergar a vida de um jeito que ninguém mais enxerga.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Tenho medo de deixar de ser triste. É o que eu sempre fui. Tenho medo de encontrar a felicidade e não saber desfruta-la. Medo de ficar perdida sem a minha tristeza, e mesmo feliz vou me sentir vazia. Deixar de ser triste é o mesmo que deixar de ser quem eu sou. Se eu não tiver tristeza inundado o peito, o que vou ter? Tenho medo, sem tristeza vou me perder, não vou saber o meu próximo passo, não vou nem saber quem eu sou. Tenho medo de deixar de ser sozinha, ando me acostumando a chorar sozinha, a contar só comigo, a me abraçar, me consolar e dizer a mim mesma para seguir em frente. Esse é meu pior medo, deixar de ser só e passar a contar com as pessoas, criar expectativas em cima delas, eu já passei por isso, eu já contei, já precisei de tanta gente e só pude contar comigo mesma. Tenho medo de deixar de ser triste, de ser só.
É uma droga ser obrigada a sair de casa todos os dias. O problema não é exatamente o sono, mas o desamino de olhar para o sol e querer o dia nublado. O dia nublado parece mais com o que está dentro de mim. Angustiante lembrar que vai encontrar as mesmas pessoas que já não suporta mais ver. Viver mais um dia estressante e carregar na costas todo o lixo que o mundo depositou em você. Acordo todos os dias me odiando por sempre reclamar e isso me deixa cada vez mais infeliz. Odeio todas as vezes que não estou satisfeita. Odeio chorar baixinho por que não deu certo, porquê quebrei a cara ou porquê era para eu acertar e eu errei. E a vida, coitada, não tem nada a ver com isso. A frase do dia foi “você é louca“. E ser louca é menos que ser agradável. Ser louca deixou de ser um estado psicológico. A diferença virou loucura . As vezes eu sou injusta, muitos andam do meu lado, eu sei que muitos me querem bem, eu tenho amigos, família, companheiros, mas essa sensação de esta sempre só, solta, sem apoio não me larga. E essa sensação dói demais, e me da panico só de pensar que sempre vou me sentir assim. Essa é minha realidade, me sentir sozinha. Rodeada por pessoas ou isolada no escuro do meu quarto, a sensação é a mesma. E dói… Já tentei me convencer que não sou só, que tenho muitos amigos e uma ótima família, e isso não entra na minha cabeça. Não consigo entender o qe a solidão quer comigo, não entendo o que a vida tem preparado para mim. E me dói pensar que essa sensação nunca iria me largar. As pessoas acham que ando deprimida. Não vou desmentir, prefiro deixar assim, é até bom. Os deprimidos podem agir de modo esquisito e não precisam justificar suas bobagens o tempo todo. Ela é uma deprimida, quem se importa? Recebam meu recado: eu até que estou indo bem. Somente descobri que, no momento agora, só consigo ir com as caras que nunca mais verei, só consigo me apaixonar pelo que assumidamente é feito de pó. Não faça como o resto da cidade, não ultrapasse meu semáforo depois que já fechou. A pressa é inimiga da direção. E a gente se vê, ainda. Promessa. E eu tenho tentado dormir demais, querendo me congelar para o futuro melhor. Mal sei aproveitar a alegria. Já a tristeza, sinto cada aperto, cada dor que insiste em me perturbar. Tristeza é o meu melhor mau. Penso tanto quando estou triste, me sinto até uma pessoa melhor. Se engana quem acha que tristeza não faz bem. Eu leio muito, escrevo, aprendo muito, choro demais, fico na minha cama o dia todo pensando o porquê dessa vida ser tão otária. Eu sei que não funciono direito, não tenho concerto. Não adianta tentar me consertar, eu nunca vou funcionar do jeito que você quer.

você nunca vai entender- Mika Sampaio
            Escute bem porque quando eu desligar você não vai saber mais nada sobre mim, chegamos ao fim, o ultimo alô é na verdade um adeus! Esqueça aqueles planos, eles não são mais seus.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Hoje cedo, por volta das quatro e pouco da manhã… Levantei da cama em meio aquele silêncio absoluto. Caminhei até a parte mais alta da casa e fiquei lá, perplexa, sentindo o vento acariciar meu rosto, sabendo que ele não levaria a angustia que eu senti ali. De alguma forma, eu pressentia que você estava perto, em algum pedaço desse imenso mundinho. Comecei a pensar em meio a um cenário urbano em um dos seus poucos momentos de paz. Me peguei sorrindo escondida de mim, droga, lá foi mais uma demonstração afetuosa me deixando com cara de idiota naquele frio. Eu surtava enquanto tentava esquecer. Às vezes ali, eu me sentia triste, e tentava me jogar em outra realidade, mas se eu abro uma porta… despenco no mesmo lugar. É inevitável. Em uma fração de segundos, cheguei a cogitar se você também estava na parte mais alta da sua casa fazendo esse terrorismo. Ingenuidade nunca foi meu forte, mas isso se tornou um incentivo pra continuar levantando nessas madrugadas. E por mais inútil que seja, isso te trás pra perto de mim. Então eu voltei pra cama, e fiquei lá acordada por uns vinte ou trinta minutos até pegar no sono outra vez. Acho que sou a única pessoa do planeta que acorda pra sonhar.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Vamos fugir, juntos ou sozinhos, para longe daqui; vamos correr no meio da rua e dançar sob a chuva. E eu sei que você não gosta de mudar de paisagem, mas vem - vem comigo e prometo-te que não se arrependerá da viagem. E talvez haja zangas, e dias com pouco sol, não te sei dizer agora, mas sei: que não perderia o teu acordar, por nada; nem o sapateado das suas pernas nuas depois do banho - nem mesmo aqueles momentos em que acha que não estou a ver, em que, despenteado e concentrado.Vamos fugir de cada inferno pessoal que nos atormenta, e procuremos novos. E talvez a felicidade venha em forma de montanha-russa e haja dias em que nenhum de nós tenha a cabeça no sítio. Digo apenas que tentarei que rias, e, quando precisar, que chore. Pode não ser ideal, nem eu nem a altura nem a vida, mas juntos faremos o esforço para que o seu coração continue a bater de contente. E, se nada resultar, a porta estará sempre aberta para ti. Venham a chuva e a trovoada - que o chegar ao céu azul é mais para mim do que apanhar eu sol.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Eu acho que a escrita tem que ser honesta.
Vejo tanta gente, mas tanta gente, achando que pode ensinar a escrever, a ser escritor, a fazer sucesso, etc e tal, como se a vida fosse uma caixinha fechada e você não pudesse avançar o sinal.
 Acontece, caros amigos, que não existe uma fórmula mágica. A técnica existe, não podemos negar. Mas você realmente é tão inocente a ponto de achar que os grandes artistas pensaram sobre ela na hora de escrever seu texto? Eu duvido muito. Veja bem, não tenho nada contra a técnica. É interessante aprendermos alguns recursos para utilizá-los na hora em que fomos revisar o texto. Percebe? Eu disse exatamente isso. Na hora de re-vi-sar. Porque quando você é escritor, você não calcula o próximo passo, você cospe. Escrever é um grande cuspe, se você quer saber.  Me recordo que uma vez perguntaram ao roteirista da série LOST qual era a fórmula para fazer esse fenômeno. A resposta? Ninguém sabe. Lembro também que tentaram seguir os passos de LOST, a fórmula brilhante que criaram através do cuspe do JJ Abrams e fizeram o seriado Flashfoward. Conhece? Não? É porque foi cancelado na primeira temporada. Entende o que quero dizer?
Não dá para passar talento e vocação adiante. Isso não existe. Você pode estudar, aprender, decorar todas as técnicas, usar a caixa de ferramentas inteirinha e tenha a certeza, meu caro, de que você vai, sim, melhorar, mas melhorar nem sempre quer dizer ser bom. Porque não adianta você conhecer todo esse blábláblá se não tiver sangue nas veias e sentimento no peito.
 É por isso que eu acho que o escritor tem que ser honesto consigo e reconhecer que tem que se desenhar no texto. Não é vergonhoso se expressar, vergonhoso é se esconder atrás das fórmulas, desse pingue-pongue, bate e volta. Escrever é se arriscar. Então arrisque ser original. Conheça a “fórmula mágica” e diga que está out dela. Faça melhor. Faça sincero

quinta-feira, 2 de agosto de 2012



Parem com essa necessidade neurótica de mudar os outros. Ninguém muda ninguém.

❝ Todos sonham. Poucos acreditam. E quase ninguém corre atrás.



— Renato Russo

❝ Que meu amor não será passageiro… Te amarei de janeiro a janeiro, até o mundo acabar.

 — Nando Reis.

Estou a mais ou menos dois dias tentando escrever pra você. Eu daria qualquer coisa, pra te ver chegar. Pra ver o teu nome no meu celular e quando eu atender com um “alô?” ouvir você responder “abre a porta pra mim?”. Eu daria qualquer coisa, pra ver seus olhos se aproximando dos meus e sentir meu coração sorrindo junto ao te ver sorrir. Eu daria qualquer coisa, por um dia ao seu lado. Ou horas. Ou minutos. Ou… qualquer tempo suficiente para que o seu cheiro fique em mim. Me acompanhando. Me respirando. Eu daria qualquer coisa, pra ter uma desculpa pra fazer você ficar um pouco mais e ver a sua cara de quem não sabe o que fazer porque tem que ir embora mas não pode dizer “não”. Eu daria qualquer coisa, pra te ter perto de mim, só perto seria o bastante. Porque pessoas legais moram longe?  Tem algo mais meigo do que ouvir a sua voz baixinha no telefone, com você quase adormecendo, me chamando de idiota? Se existir, o que duvido muito, terão que me provar, nunca escutei algo tão bonito de uma forma tão estranha. Pode parecer loucura ou qualquer coisa assim, mas quando fico durante minutos olhando alguma foto sua, sorrio sem parar [...] Eu não esperava nada. Eu não queria nada. Eu te imaginei apenas como um garoto que, por algum motivo, se interessou em mim e tinha um jeito certo (e bonito!) de me fazer sorrir. Se eu tenho que fazer alguma coisa ou ir à algum lugar, quero você junto. Se eu sinto frio ou vontade de ter alguém que mande embora os meus medos, quero teu abraço. Se eu dou risada de alguma coisa boba ou um sorriso por lembrar de algo que você me falou na noite passada, quero teu sorriso e tua felicidade me invadindo inteira. Você tem sido a minha escolha, a minha prioridade. Os meus sorrisos, abraços, desejos, vontades, beijos, estão todos guardados e direcionados à você. E se não soasse tão dramático, era pra ser mesmo só uma brincadeira, uma simples atração, e agora eu te chamo de mo. E agora a gente discute feito um casal. E eu te espero entrar só pra ter certeza que você chegou bem em casa. E agora eu sinto ciúme, faço birra, te pirraço [...] Era só uma brincadeira, e agora a gente brinca de se gostar. Brinca de se amar. E percebe que deixou de ser brincadeira faz tempo.



 Tô te esperando com a cama arrumada e o teu lugar guardado..
- MichelleSampaio

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Passou mais uma noite, e fui me apaixonando um pouco mais. Imaginando a sensação boa que o abraço dele tem. Percebendo que contar os sorrisos que ele da por aquela tela é o cálculo mais usado por mim. Dormi pensando como seria a respiração dele na minha orelha. Mais uma madrugada passou. Eu acordei e percebi que estou ferrada por gostar de alguém desse jeito. E mesmo assim, a única coisa que eu quero fazer é segurar a mão dele mais forte e não me importar com os problemas em volta. [...] Pra ser bem sincera, eu nunca acreditei muito no amor. Não naqueles retratados em filmes ou novelas, não naqueles dos livros e nem naqueles que uma amiga me contou. Eu não acredito nessas de beijinho-beijinho, abracinho-abracinho e nem desses de juntos para todo o sempre com um final feliz. Amor que é amor tem seus altos, mas também tem seus baixos; tem seus momentos fofinhos, mas também tem portas batendo; tem beijo, mas também tem gritaria. Amor de ninguém é perfeito, e é isso que o faz ser especial. Sabemos dos defeitos da pessoa ao lado, mas mesmo assim gostamos dela, e a cada dia que se passa se gosta mais e mais. Eu tenho medo de não conseguir mais amar, de não conseguir me deixar ser amada, de ter medo do amor. Eu tenho medo de me tornar uma pessoa fria, uma pessoa individualista que só se importa com a programação da televisão e os lançamentos do cinema. Eu tenho medo de deixar ser o que sou, de não suportar a dor e de viver de saudades. Eu tenho medo, será que você não percebe? Sou feito marionete que facilmente por ti é manipulada, sou feito brinquedo que você só procura quando está sem mais nenhum e logo depois guarda naquela gaveta velha. Acho ridículo a forma como você me ganha sem nenhum esforço, a forma que você me tem mesmo sem saber, a forma como eu te trato sem você ao menos merecer. O amor é ridículo… quer ser ridículo comigo?

quinta-feira, 12 de julho de 2012



Não quero gostar de você porque enfraqueço. Porque não sei fazer piada disso. Eu perco a graça. Não quero gostar de você porque ta chato, ta chato falar de amor. Respirar pela metade, desejar uma presença constante ao mesmo tempo que ausente. Não quero gostar de você porque não sei gostar, porque me acho pouco. Porque as razões são muitas e pra enlouquecer falta bem pouco. Não quero gostar de você por motivos óbvios, tão óbvios que nem sei quais são. Não quero gostar de você, e digo alto, grito e esperneio. Pra ver se te espanto, pra ter pra onde correr. Não quero gostar de você porque não sei te olhar nos olhos, e meu coração… Quase para. Não quero gostar de você porque sou louca, sou boba, sou tola. Porque ajo como criança, e, no entanto quero ser grande pra cuidar de você. Não quero gostar de você porque a memória ta sem espaço pra pensar em outra coisa. Porque meu subconsciente fez cópias exatas do teu rosto pra me fazer lembrar. “Não quero gostar de você”, repito por vezes seguidas durante o dia. Escrevo no papel pra não me contradizer. Mas do que adianta? Eu não quero gostar de você.

- Não quero gostar de você porque te amo.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sobre "Eu já"



Eu já recusei conselhos.
Eu já desejei a morte dos meus próprios pais.
Eu já fiquei na cama esperando o fim do mundo.
Eu já confundi paixões passageiras com amores eternos.
Eu já dei risada de piadas que eram tão ruins que me pareceram engraçadas.
Eu já inventei uma doença pra não sair de casa.
Eu já considerei a vida uma droga.
Eu também já me considerei a pessoa mais feliz do universo.
Eu já achei que amizades eram pra vida toda.
Eu já vivi pelas distancias.
Eu já sorri pra não chorar.
Eu já chorei de raiva.
Eu já briguei com quem amava, e me arrependi.
Eu já amei quem me odiava, e aprendi.
Até amei escondido, mas desisti.
Eu já fui a pior amiga que alguém poderia ter.
Eu já me arrependi de acertos que pratiquei.
Eu já me orgulhei de erros que cometi.
Eu já acertei com o mundo inteiro contra mim.
Eu já tive 15 anos.
Agora a vida fala, e eu respondo por mim.
Meus pais nunca estiveram tão errados.
Viver de eternidade é regar ilusões.
A gente tem o que se esforça pra ter.
Se o problema não é sede, não espere que a solução caia do céu.
Tudo nessa vida acaba, mas o que é verdadeiro permanece vivo no coração.
Talvez eu ainda não saiba o que quero dessa vida.
Mas ainda acredito no amor.
 Mesmo que eu continue cega pra muita coisa, eu aprendi com o pouco que vi,
A vida é uma professora assassina, ela ensina, ou você aprende, ou você morre.
Já vi muita gente chorando por causa dessa vida,
Mas afinal, não tenho a quem culpar,
Ninguém disse que seria fácil.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

— Obrigada por tudo, babaca…

“Pra você ver, como um ano passa rápido." A queda foi feia, realmente. Na hora que eu cai, juro que pensei que tivesse quebrado no mínimo umas quinze partes do meu corpo. O coração doía mais que tudo, quem olhasse pra mim descobriria que eu estava totalmente estraçalhada por dentro. Porra, eu chorei tanto, achei que não fosse capaz de sair de casa por um mês… No entanto, não foi bem assim. Que a dor foi grande, ela foi. Que eu preferia nunca ter passado por aquilo, é verdade, mas tudo aconteceu né? Era uma coisa simples e fácil de entender, não era algo que eu pudesse escolher. Ou eu te esquecia, ou eu te esquecia. Não tinha pra onde correr, aquilo, a tua presença, as tuas promessas que nunca se cumpriram, a minha fé cega de que um dia você tomaria vergonha na cara e viraria o tipo de cara certo pra mim, estava acabando comigo, literalmente. A culpa não foi só sua, pra falar a verdade, acho que ninguém teve muita culpa nisso. Eu achei demais, você falou demais, pra no fim nem um nem outro ter razão. Foram tantas conversas, juro que pareceu que nós nos conhecíamos há anos pra mim. Como se eu tivesse gostado de você a vida toda, como se cada dia durasse um mês e que cada mês durasse um ano. Seria muita hipocrisia da minha parte dizer que te conhecer foi a pior coisa que me aconteceu, afinal, quem me ensinaria tanto? Mesmo sendo esse babaca que tu é, e pelo visto sempre vai ser, obrigada; por todas as vezes que você me fez chorar. Obrigada por todas as vezes que você disse que gostava e se importava comigo sem dar a mínima, de verdade mesmo. Eu acho que se tivesse sido diferente eu nunca saberia como as pessoas realmente são já que a ingenuidade sempre me derrubou, mas contigo o tombo foi tão feio e doloroso que eu aprendi a manter os pés firmes no chão. Como eu mesma te disse uma vez, “Ás vezes a gente muda e nem percebe”. Eu mudei, mudei pra caralho e não pretendo voltar a ser o que era antes. Eu deixei de ser aquela menina boba e apaixonada. Cansei de tentar levantar todo mundo, tem gente que tem q ficar no chão pra poder criar coragem de levantar. E eu devo tudo isso a você que eu tanto quis bem, eu devo isso a você que tanto me fez mal, eu devo toda a minha força a você que partiu meu coração em mil pedaços e praticamente disse: “Vai boba, agora se vira e arruma essa bagunça que eu fiz”. E eu consegui, felizmente eu consegui deixar quase tudo no lugar, quase tudo, pois eu já não me recordava de como era antes, e nem fazia questão. O importante é que tudo se ajeitou, e agora ta mais do que na hora de dizer que: “Um ano passou rápido, mas ainda sim eu não me esqueci de te parabenizar pelas mágoas e pedir desculpas por ter te tirado da minha vida, mas pra falar a verdade… É ai mesmo que você deve ficar, longe de mim, e do meu coração que finalmente esqueceu teu nome, teu rosto, tua voz, e qualquer outra sinal teu.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Me apaixonei por uma desgraça



Sinto saudade da gente junto, e a cada dia que o telefone não toca eu vejo que você anda se virando melhor sem mim. Eu até tenho tentado fazer o mesmo, mas é que às vezes, me machuca tanto que eu preciso dizer que eu ainda penso a cada minuto no que poderia ter sido. A cada segundo morre parte de mim que era tão seu. O tempo vai enterrando no passado todo aquele amor, mesmo que ele não morrido, apesar, acho que nada morre até que o luto seja por mim. Talvez seja a minha felicidade me provando que eu jamais deveria ter colocado ela nas mãos de uma pessoa, mais cedo ou mais tarde as pessoas resolvem partir, e quando você resolveu, nenhum outro toque me faz enxergar momentos que não aconteceram. Talvez seja a vida me mostrando a inutilidade de me apegar tanto a alguém que se contenta com menos do que poderia ter. Você pediu pra me perder, e eu não consigo mais me encontrar. A cada minuto que passa, eu escuto você me dizendo que consegue ser feliz sem as nossas madrugadas juntos, tentando me fazer acreditar que não era amor, e que eu sou apenas mais uma louca apaixonada testando os limites do sofrimento humano, mas não. Eu sei bem o que eu sentia quando você estava por perto. Você sempre me dizia que logo apareceria outra pessoa capaz de me amar do jeito certo, mas era o seu jeito errado que me completava. Mas eu desisti dessa vez, não desisti de nós, desisti de me calar, nenhum silêncio consegue definir o que eu tenho pra dizer, mesmo que você não queira me escutar, eu escrevo. Assim eu poupo seus ouvidos e evito ouvir aquela voz dizendo que não tem mais jeito.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

porque eu escrevo?

Escrevo por sabe-se lá o que. Escrevo porque gosto. Escrevo porque sinto que em palavras fica mais bonito. Escrevo porque a covardia nunca me deixou dizer. Escrevo porque não conseguiria observar tantos fatos e não contar para ninguém. Escrevo como refúgio. Escrevo porque já passei noites em claras chorando sem ter para quem contar. Escrevo porque me faz bem. Escrevo porque devo ter um ar de poeta no meu sangue. Escrevo porque embora eu não saiba ás vezes do que estou falando, algumas pessoas conseguem me entender. Escrevo porque as coisas simplesmente parecem mais fáceis quando estão presas em um papel. Escrevo porque sou boba ao ponto de achar divertido. Escrevo porque já me decepcionaram muito, e hoje eu escrevo. Escrevo por experiência, escrevo como lição. Escrevo quando não tenho nada para fazer e escrevo quando minha vida parece uma bola de neve. Escrevo triste, escrevo feliz. Escrevo porque alivia. Escrevo porque lá no fundo eu sei que alguém está passando pelos mesmos problemas que eu. Escrevo porque não dói. Escrevo pensando que talvez as pessoas possam acreditar. Escrevo por todas as vezes que andei sozinha. Escrevo porque sorri. Ah borboleta passou, tão bela, ai eu vou lá e escrevo. Escrevo porque a vida me surpreende, escrevo meio louca, meio que sem um por que. Escrevo porque amo, escrevo porque choro. Escrevo por tantos anos que passei calada, escrevo por que me magoaram, escrevo porque já aprendi muita coisa. Escrevo porque sinto que todas as vezes que eu acordo é por se quer uma razão. Escrevo meio torto mesmo, escrevo sem nexo. Escrevo porque nem todo mundo vai ler, e isso me deixa feliz. Escrevo para ele. Escrevo porque queria escrever junto, ou sozinha. Escrevo porque gosto, e quando deixo de gostar também. Escrevo porque não sou a melhor pessoa que conheço. Escrevo porque me odeio. Escrevo porque gosto de mim. Escrevo pelo presente, e escrevo porque faz falta. Escrevo quando fica, e quando vai embora. Escrevo porque gosto do pouco. Escrevo porque acordei diferente. Escrevo porque me renovo a cada dia, escrevo por que ainda existem os dias. Escrevo porque me completa. Escrevo por competição. Escrevo por vocação. Escrevo porque sou boba ao ponto de achar que alguém vai ler. Escrevo porque cai bem. Escrevo porque o sol ainda brilha. Escrevo pelo romantismo, e escrevo também pela falta dele. Escrevo porque disseram que eu não conseguiria, escrevo para provar o contrário. Escrevo porque ainda consigo amar. Escrevo pelos que não amam mais. Escrevo por todos que já morreram, escrevo pelos que ainda tem que viver. Escrevo porque isso me alimenta. Escrevo porque me sustenta. Escrevo porque compreendo a mim mesma. Escrevo porque não saberia dizer. Escrevo porque no fundo eu sei que é melhor assim. Escrevo porque estou com fome, escrevo porque amanheci com dor. Escrevo porque amo, amo o que eu faço. Escrevo porque me inspiro. Escrevo porque meu sonho é escrever. Escrevo mesmo que talvez você não leia, escrevo porque me apraz. Escrevo por pura covardia, escrevo porque sou infeliz. Escrevo porque mudo de ideia muito fácil, escrevo para ter recordações. Escrevo porque já me pediram. Escrevo porque desanimo fácil. Escrevo porque me apego fácil. Escrevo para aprender desamar. Escrevo porque tenho riso fácil. Escrevo porque não amo mais. Escrevo porque me atrai, escrevo porque sinto que faço o melhor. Escrevo porque não escrevo. Escrevo porque sinto que isso me deixa mais perto da perfeição. Escrevo porque é um dom. Escrevo porque escrever é para poucos. Escrevo para você, e espero que você entenda.”

Posso te garantir que quando dizem “vai passar” estão mentindo.

Já sofri muito nessa vida, já errei muito, e hoje eu sou mais esperta. Já amei quem não me amava, e chorei sozinha no quarto, mas não a dor que não se cure com um abraço, e não a amor que não vá embora com uma coite embriagada em um bar. O problema da vida é tentar sarar uma ferida abrindo outra, desiste, isso nunca vai dar certo. Teve certo tempo da minha vida, em que eu odiava ser consolada, estava mal e não havia ninguém que pudesse me fazer sentir melhor, até que encontrei alguém, alguém que me completava e me abraçava nos dias frios. Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que engraçado, pra viver eu precisava perdê-lo. Porque eu sabia que no fundo, com a angustia toda que eu carregava dentro de mim, ninguém poderia ser feliz ao meu lado. E mesmo eu sabendo que precisava de alguém, meu altruísmo falava mais alto, e eu sempre deixava partir, mesmo que doesse. Acho que as pessoas só são interessantes e maduras na minha imaginação, que cá entre nós, sempre foi muito atordoada. Mas ele era, ele era comum, mas um comum diferente. Um comum que me fazia passar noites acordadas, sonhando acordada. Fazia-me imaginar o quanto perfeito era as nossas bocas se entrelaçando, ele me fazia feliz. Hoje eu não o quero, e não quero mais ninguém. Não quero amar, e nem ser amada, não quero ser feliz e nem ser triste, quero ser apenas eu, aquele eu meio desligada que eu sempre fui. Já tentei mandar muito nessa vida, já tentei pintar o céu da minha própria cor, e nunca deu certo, o meu jeito nunca se quer foi o certo. Nada no mundo mudava quando eu era feliz, nada se mexia, as coisas era as mesmas, e agora eu mudei, e as coisas continuam sendo as mesmas. Eu só precisava me amar mais um pouquinho, esquecer toda aquela besteira de só amar quem te ama, e distribuir um pouco de mim por aí. Mas agora não tem mais o que ser distribuído, quem vai querer guardar recordações de alguém que só fracassou na vida. Estou meio confusa, não sei o que culpar, não sei se culpo a dor, o amor, ou me culpo. Mas alguma coisa tem que ser responsável pelo meu fracasso. O meu ultimo amor tinha sérios problemas, era torto, meio errado, mas mesmo assim eu o amava. E passei muito tempo da minha vida acreditando que um dia iria esquecer, iria deixar de lembrar, deixar de amar… E acredite, eu amo pouco, mas ainda amo. Porque essas coisas da gente não tem jeito, por mais que tentamos se felizes de outra forma, nunca vai dar certo. É por isso que existem por ai muitos que ainda sofrem, muitos que ainda passam por situações que jamais vão ser esquecidas, e só sabem lamentar. Eu passei muito tempo da minha vida lamentando, lamentava tudo. Acordei em dia de chuva, eu lamentava. O sol estava muito forte, eu lamentava. O amor não era correspondido, eu lamentava também. Mas como todo ser humano frágil, um dia eu também cansei. Cansei de acordar todos os dias querendo ser amada, cansei de tentar agradar a todos, cansei de querer ser melhor, eu era o que era, e ninguém podia fazer nada a respeito. Aquelas tardes perfeitas eu nunca vou esquecer, e as ruins também não. Nunca vou me esquecer de quem me amou, e quem não me amou eu também vou lembrar. Consegue me entender? Não podemos simplesmente apagar algo ou alguém de nossa memória, chegou uma vez, vai fica para sempre. Por isso devemos ter cuidado, não apenas com quem deixamos entrar, mas devemos ter cuidado de não magoar também, pois assim como entram e sai da sua vida, você pode estar saindo da vida de alguém. Eu sai muito, magoei muito, bati muitas portas na cara, e me arrependo, pois a dor é algo que levamos conosco pro resto da vida, e eu lembro de cada “oi” que não foi correspondido, machuca muito. Mas fazer o quê? Somos tolos o suficiente para não perceber o quanto fazemos mal pra nós mesmo, e continuamos assim, tentando esquecer-se de algo que sempre nos fará lembrar.

Um maço de cigarro Marlboro, por favor, até ontem eu não fumava.

O senhor da venda perguntou, acho que ele desconfiava da minha pouca idade. Na verdade eu não tinha, nunca gostei de certezas, e na epoca nem gostava de cigarros, mas como qualquer outra droga, eu tinha que experimentar. Acho que no fundo eu estava fazendo a coisa errada, não me refiro ao maço de cigarro, nem se quer eu fumei, estou falando do fato de eu desistir tão fácil das coisas. Eu sempre fui muito idiota, as pessoas me enxergavam idiota e nunca fiz nada para mudar essa visão. Mas dane-se, eu estou cansada. O amor, droga, em geral me cansa. Acho incrível o potencial que as pessoas tem para fingir, fingem serem felizes, fingem que gostam, fingem que está bonito, fingem até que amam. Mas eu nunca consegui fingir, deve ser por isso que sou a única alma solitária escrevendo sobre o quão ruim o amor é, e toda essa baboseira. Passei a maior parte da minha vida sorrindo sem estar feliz, cumprimentando quando na verdade nem queria falar, mas não sei se você me entende, isso nunca foi fingimento. Era muito além, eu queria que as pessoas não vissem o quanto eu estava infeliz, pois nada é pior do que olhares de pena. “Tadinha!” “Coitada!” “Que dó!” “Pobre moça!” “Devia ajudar ela…” Tenho que dizer uma coisa, encare como uma confissão, palavras de consolo me enoja. E quase ninguém percebe isso. Mas tudo bem, eu supero. Já superei tanta coisa nessa vida, tantos amores mal amados, olhares não retribuídos, dúvidas que eu carrego até hoje. Mas eu sei que dói, dói muito. Dói tentar esquecer, dói tentar corresponder, dói não ser amado, dói quando se é esquecido, dói quando se quer o que não tem, dói ter pela metade, o frio dói, em todos os sentidos. O dia claro quando bate nos olhos dói, abrir os olhos dói, dói enxergar a verdade, e dói viver completamente iludida. Ah, qual é? Você sabe muito bem que poderíamos passar horas só citando aquilo que machuca, aquilo que dói, mas quer saber não vale a pena. Porque ser feliz é mais fácil, mais barato, uma pena que passe tão rápido. Mas temos 24 horas, sim, todos os dias, vamos gasta-lo tentando ser alguma coisa, alguma coisa que preste, porque de lixo o mundo já está cheio. Podem me mandar calar a boca, morrer, sumir, sei lá, mas eu sempre falo o que tenho que falar. O mundo está perdido mesmo, você sabe. A política é um merda, a televisão é uma merda, ninguém mais lê, não vejo diferença entre policiais e bandidos e estamos acomodados. Mas dane-se. Eu não posso mudar o mundo. Só queria te pedir um pouquinho de atenção, um pouquinho de amor, só queria que você amasse. Amasse a si mesmo, pois que sabe se salvarmos um por um, não voltamos a ser o que se pode chamar de seres humanos racionais. E como diria meu amigo Cazuza: “Nada nesse mundo é nunca mais.”
Eu não fumei aquele dia, nem sabia se aquela marca era a melhor.  

Michelle Sampaio

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Não busque respostas em mim, eu faço questão de não ser entendida.

Nos meus pobres pensamentos, me pergunto se sou egoísta por te amar, e no canto do meu rico silêncio, renego o meu direito de te olhar. Se afaste com sua beleza e sorriso, foi nessas tentações que eu me perdi, pois no berço dos teus olhos, achei uma tristeza que não se pode medir. Na velocidade te vi observar que me perco nas curvas do seu corpo, mas depois que te perdi, acho que amadureci um pouco. Olha só no que me tornei, será que não consigo encontrar meu eu? Continuo enlouquecendo, por saber que hoje tudo se perdeu. Nos desencontros da minha sorte infortuna, encontrei em você algo chamado amor, será que realmente o mereço, ou foi apenas um capítulo da dor? O pouco me parece muito, e o meu muito lhe parece pouco. Por mais que eu tente te entender, já fui condenada como louca. As pessoas não me interessam e a minha vida não te importa, se não existir o calor da tua presença, minha alma continua morta. Já me senti como um vento, na suavidade do seu abraço fraterno, perdi todos os sentidos, achando que aquilo poderia ser eterno.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Era bom escrever quando as palavras faziam sentido e quando escritas de alguma forma aliviavam algumas dores do coração, mas hoje escrever se tornou um medo para mim, pois quanto mais as pessoas ficam cientes do que eu sinto, mais me decepcionam, como se isso fosse um tipo de prazer a elas. E quando não ganho decepção, ganho ilusão. Então comecei a guardar tudo para mim, pena que isso cansa, e dói. Mas é a única forma de proteger meu coração para ele não ser despedaçado novamente.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Quando um não quer o outro ama, ama e ama.

“Eu te amo.” “Jura?” “Juro.” “Eu também te amo.” “Eu te amo mais.” - Sim, esse romance todo me da enjoo. Quando um não quer dois não brigam. E nunca ouviu essa expressão? Parei um pouco para pensar, todo esse tempo que eu tenho livre me fez entender algumas coisas. Estava cismada com a necessidade que essas pessoas sentem de ser amado de volta, necessariamente de ter um amor. Complexo, muito complexo. Ás vezes tento me imaginar voando, livre, solta por essa imensidão de mundo. Mas com um propósito, eu queria apenas observar. Queria observar o relacionamento das pessoas, gostaria de entender o que atrai. Não me venha com crenças, não acredito em vidas passadas, muito menos em destino. Acredito que as pessoas sentem uma química boba, capaz de arrastar corações para a mesma mesmice de sempre. Porém importo-me com tudo, já amei, só para deixar claro. Amei e amei muito. Contudo de nada me adianta ter um amor que eu não o complete, o ter apenas por prazer próprio, egoísmo. Egoísmo, chegamos a um ponto que me interessa profundamente. Já vi muitas histórias, observei muitos contos, e a maioria ainda me deixa indignada. Já vi amores serem entrelaçados por vínculos opostos. Já vi casamentos serem destruídos pelo egoísmo. O nosso problema é que temos que aprender que nenhum relacionamento saudável se completa a base de mentiras e chantagens. Nenhum relacionamento, por mais perfeito que ele seja, pode se tonar algo indestrutível se um lado amar mais que o outro. Entenda-me corretamente, essa é a base, não ame mais e não ame menos, ame o bastante. Mas, por favor, diminua a dose de dramas. Você ainda irá chorar muitas lágrimas, ira se trancar no seu quarto muitas vezes, fará de tudo para seu coração não bater mais daquela forma. E se o seu amor ainda não deu as caras, não se intimide, ele vai chegar. Não venho até aqui para destroçar-te o coração, estou apenas para te dar aquela noção de realidade que poucos já se deram o prazer de ter. Acorda, duvido até que Cinderela tenha sido feliz todos os dias. Ou você acha que o príncipe também não tinha amigos, amigas, jogos, deveres. Com todo o conteúdo que aprendemos no nosso dia a dia, amar é para os fracos. Desculpe-me a expressão, mas hoje em dia o amor não se baseia em algo que nos faça crescer e nos faça feliz, estamos ultrapassados. E desculpe-me, mas não quero algo que não me faça bem na minha vida. Não quero um amor que me faça sofrer ao acordar, que me faça perder o sono ou me dê doses diárias de tortura. Porém ainda me dói dizer que com todos esses conselhos que eu posso te dar, eu mesmo não os sigo. Sim, eu amo quem não me ama, entrego-me para pessoas erradas, pulo de minha rotina diária de amor próprio. Sou mesquinha comigo mesma, deixo-me levar por todos os sentimentos possíveis. Sou forte, difícil, mas não sou dura o tempo todo. Assim como você, meu caro, tenho momentos de solidão, sofro, mas sofro calada. Menosprezo pessoas todos os dias, menosprezo sentimentos, ignoro corações. Não sou má, sou experiente. A vida fez-me assim, pedra, gelo. Por isso sinto náuseas quando vejo casais melosos, fazendo juras de amor. Isso não é verdade, não é verdade, não é verdade. Talvez com o apelo ao excesso você realmente se de conta. Pois bem, agora posso encerrar-me, minha intenção nunca fora escrever tanto. Mas lembre-se de que pouca coisa hoje em dia é de verdade, não quero te desiludir, o amor pode sim ser encontrado, mas não se deixe enganar por um simples “eu te amo” pois o amor puro, genuíno, vai muito além do que juras, e palavras de livros clichês. Porém todo esse mistério ainda me deixa aflita, será que eu fui convincente, será que você realmente se deixou levar por tudo que eu disse? Realmente desejo que sim, pois no século em que estamos, os objetos nos dão mais valor do que pessoas.E agora chega, pois de nada me adianta escrever e escrever e escrever, se o seu intuito desde o começo não for realmente amar.

segunda-feira, 21 de maio de 2012



Ando distante, distante de quem eu amo, distante até mesmo de mim. A nostalgia que me abraça no presente é a mesma que acaba com o meu futuro, sabendo que amanhã será mais um dia comum. Vou acordar sentindo saudade de coisas que nem aconteceram e levantar da minha cama querendo reviver momentos que ainda não chegaram. Se tudo na vida tem um propósito, então eu nasci fora do padrão.


Esqueceram de me avisar que procurar motivos pra viver é uma batalha eterna, e nessa guerra não existem vencedores. Poderiam ter me contado que o mundo não é justo, e a verdade nunca tem um lado. Esqueceram de me contar que eu não posso me jogar nas mãos de alguém, pois mais cedo ou mais tarde as pessoas resolvem partir e eu nunca sei o que faço comigo. Esqueceram de me avisar que a vida só é curta pra quem não sabe curtir. Até que poderiam ter me contado que não é fácil existir, mas acabar com tudo é bobagem quando nos lembramos que amanhã é um novo dia, e novos dias trazem coisas novas. Vivo me perdendo de vez em quando, mas ainda não desisti de me encontrar.


Frio. A chuva caia forte lá fora trazendo um barulho confortante aos meus ouvidos. A casa estava silênciosa, um silêncio que me incomodava. Estava deitada, pensando nesse turbilhão de sentimentos que me pertubava por dentro. Olhava pela janela e o céu me trazia uma certa tranquilidade. Eu não costumava estar em paz, sempre algo me atormentava. Mas hoje eu estava… bem. Me sentia leve, como se tivesse tirado um peso das minhas costas. A única coisa que não se encaixava bem agora era esse vazio que eu sentia. Sentia falta de alguém. Sentia falta de ter alguém para me envolver em seus braços, alguém para fazer carinho em meu rosto, alguém que me beije sem eu precisar pedir. Mas não era os beijos e carinhos de qualquer um. Eram os dele. Estaria você sentindo minha falta? As dúvidas voltaram a me perseguir. Prometi a mim mesma que não pensaria muito nisso, que não deixaria ele se tornar novamente o foco da minha vida. Me enrolei entre as cobertas e peguei o celular em minha mão. Não havia nenhuma ligação, nenhuma mensagem, nada. Suspirei. Não criar expectativas novamente. Encarei o celular novamente e abri a caixa de mensagens. Sorri ao ler algumas. Poucas palavras e milhões de sensações. Passaram-se uns minutos e eu continuava com um sorriso bobo no rosto. Não me aguentei e enviei uma única palavra: Saudade. Talvez isso tenha sido um erro, ou não. Fechei os olhos e só queria dormir.

Uma noite para se colocar no lugar de quem te perdeu um dia.

Noite fodida, sono perdido. Vacas, elas praticamente me obrigaram a ir a tal festinha na casa de não sei quem no domingo passado. Insistiram tanto, me convenceram. Mas, eu precisava. Minhas amigas sempre sabem a melhor hora de invadir minha casa. Além do mais, meus pulmões precisavam de ar, e eu tava achando que meu fígado tava pedindo álcool. Em finais de semanas normais, eu jamais estaria dialogando com meus órgãos. Aquele lugar não era estranho, tinha muita gente, muitos caras. Uns até que eram bonitinhos, mas eu tinha uma síndrome chamada “acho que vi um cara parecido com ele ali”, eu supero isso. Me contaram que eu dancei, e que não foi nada discreto (eu ainda to rindo disso). Eu não costumo lembrar das besteiras que eu faço, exceto uma: Ter namorado com o ele. Mas isso já não era uma besteira, era um tipo de karma, sei lá. No meio da noite eu tava falando demais e pensando de menos. O que era estranho, porque eu adorava pagar de esperta. Eu não era uma imbecil, mas não era grandes coisas também. E toda festa tem aqueles garotos que te secam até você olhar pra cara deles. Eu não me responsabilizei por nada que eu fiz naquela noite. Eu também não tinha que ser tão certinha assim, tudo o que eu sabia era que estar no meio daquele monte de gente era confortante de algum jeito… Pelo menos pra ele sempre foi. Aí eu me dei conta de que tava tentando parecer com ele. Não era uma vingancinha tosca, eu queria sentir como ele. Tudo o que eu tava fazendo tinha um certa ligação com ele. Eu sei disso porque não me lembro do nome do cara, mas eu lembro que chamei pelo nome errado. Merda, eu disse “Você ta tão baixo, levanta” ele não era quem eu tava pensando, e ele sabia disso. Por que ele disse em seguida “Seu lugar não é aqui” e eu também sabia disso. Eu não via graça naquele lugar, música alta, aquelas luzes fortes me deixando atordoada. Eu até quis voltar pra casa, mas minhas pernas já não me obedeciam. Antes de apagar, eu encostei em um canto e chorei. Eu não sabia se tava triste, se tava alegre. Se eu tava com dor de cotovelo, ou se eu era uma bêbada ridícula. Eu não me encaixava naquele lugar, naquele momento eu não me encaixava em lugar nenhum.
“Ninguém espera pra sempre. Você pode insistir, bater na mesma tecla por inúmeras vezes. Pode voltar o filme o quanto quiser, mas isso não vai alterar o fim dele. Entenda, a história pode ser reescrita, mas se você riscar o papel as marcas dificilmente vão sair quando forem apagadas. Escuta; você tem que soltar a mão de quem não daria um passo á frente sequer por você. Pode parecer óbvio, mas quanto mais disponível você se mostrar, menos vão ligar pra isso. É como uma âncora que te puxa pra baixo, um imã que te puxa pra trás. Não se trata de afeto, nem de urgência. É só um vício bobo que você adquiriu. Não é o que você deseja pro resto da vida, é só o que você quer temporariamente, não se engane. Vão pisar em você, te fazer de gato e sapato, quando verem que você se importa demais. E o que você vai ganhar em troca? Nada. Absolutamente nada. Você vai deixar tudo pra trás por causa de uma pessoa, vai jogar uma vida fora, por causa de alguém que não te dá minima. E mais uma vez, o que você vai ganhar com isso? Nada, não é? Você literalmente sempre será nada na vida das pessoas que você mais se preocupa, será tratado com indiferença. Tudo que você fez por alguém, ela um dia jogará no lixo, sem dó ou piedade. Jogará no lixo tudo que você já fez por ela. Você apenas crescer e ver que dedicar uma vida inteira á alguém que não se importa com você, é inútil demais.”

sábado, 19 de maio de 2012

Eu sempre gostei das coisas mais simples. Sabe, acordar cedo, abrir a janela e ver o sol nascendo. Sentir aquele vento em mim e respirar o ar puro que há no meio de uma madrugada e uma manhã. Sempre gostei de abraços inesperados, aqueles que te deixam sem fala, apenas você suspira bem fundo quando o recebe. Preferi sempre os pequenos detalhes, os menores gestos, do que todas aquelas besteiras feitas pelos humanos para chamar atenção. Acho que por isso que no lugar de querer uma grande festa nas minhas datas de aniversários eu sempre preferi apenas ficar em casa com os amigos mais íntimos, conversando, assistindo qualquer filme e rindo. Em vez de ir a shopping com amigas, eu preferi sempre ficar na praça, sentada em um banco ouvindo musica. Para falar a verdade, eu odeio shopping, onde tem apenas todas aquelas patricinhas maquiadas como uns palhaços para agradar os garotos idiotas que passam um quilo de gel no cabelo e se acham os fodões. Dizem para mim que todo adolescente é assim, que gosta de chamar atenção, gosta de seguir modinha. E desde então me peguei pensando e tendo muitas duvidas, pensando se eu não era uma adolescente. Afinal, sempre odiei modinhas e sempre detestei pessoas que adoram chamar atenção. Normalidade é uma merda. Prefiro ser a anti-social do que a pessoa que só é reconhecida pelas suas roupas da modinha e por ter um namorado bonitinho e sem cérebro como a maioria das garotas tem e gostam. Eu não nasci para ser assim, eu não nasci para ter essa normalidade, bem pelo contrário eu sempre fui estranha e até gosto desse meu jeito. Por isso acabo sempre me apaixonando pelas coisas mais simples, por qualquer verso de musica, por qualquer olhar profundo e abraços apertados. Afinal essas são umas das únicas coisas raras hoje em dia que ainda da pra se dizer que são verdadeiras, pois o resto ta virando tão clichê e falso que chego a ficar confusa em relação a carinhos e sentimentos.

Sempre vou ser essa pessoa estranha. A que faz os outros rirem enquanto seu mundo está desabando dentro de si. A que ama com todas as forças, mas acaba sempre magoando alguém por culpa de seu jeito infantil de lidar com as situações. E o meu jeito sempre vai ser esse, meu erro sempre vai ser eu falar as coisas sem pensar, meu erro sempre vai ser perder tempo com quem nunca se quer gastou um minuto da sua vida para ouvir os meus problemas. Vou ser sempre aquela que tem conselhos bons para os amigos, mas nunca sabe qual conselho seguir para melhorar sua vida das confusões que há nela. Meu jeito moleca de viver, nunca vai mudar mesmo. Vou continuar a ter sempre ciúmes de quem é meu, de quem não é, e de quem eu acho que deveria ser. A minha obsessão em pensar que tudo é só meu, chega até ser egoísmo, mas como todos têm um defeito sem cura e sem acerto, esse é o meu. Infelizmente eu só sei amar demais, sei errar demais, e confiar demais, nas pessoas erradas. E acabo magoando demais, cometendo burrices demais, e perdendo sempre as pessoas certas. Esse parece um ciclo de vida que está preso junto a mim, e que parece não mudar. E então eu desisti de tentar consertar sempre as coisas, pois é tentando ajeitar que eu erro, é tanto superar que eu sofro, é tanto sorrir, que eu choro. E ao tentar mudar, eu falhei. Pois que fique tudo no mesmo lugar então, não me importo mais. Minha vida é errada, porque eu sou toda errada, e talvez algum dia eu ache alguém que arrume toda essa bagunça em mim ou que apenas bagunce junto comigo me fazendo feliz e mostrando a mim que não sou a única garota complicada do mundo.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Dessa vez eu desisti de tentar transformar meus defeitos em algo bom pra alguém, eu sou mesmo infantil, egoísta, orgulhosa, grosseira, e que se foda, porque por enquanto eu gosto de mim desse jeito. Apesar das milhares de quedas de vez em sempre, eu levanto outra vez, com o mesmo gene, mais forte e inabalável, se alguém não gosta, bom, ai já não é mais um problema meu. Não obrigo que fiquem ao meu lado. Sou assim, não vou me importar com o que você dirá, não vou te perdoar fácil se você vacilar, se eu te ignorar é melhor desistir de tentar, você morre na minha vida em um piscar de olhos e em segundos você já não existirá mais, morto com as suas críticas, pedidos e esquecimentos. Você pensa que diz algo que me fará “uma pessoa melhor”, mas na minha mente, você virou estatística, mais um frustrado que tentou me mudar, e sabe por quê? Cansei de me moldar e continuar sendo o vazo imperfeito e vazio para todos, to feliz agora, meus defeitos sempre foram mais interessantes e divertidos.
Ta tudo muito estranho. Ta tudo muito sem sentido, sem cor, sem vida, sem sentimentos. Ultimamente eu estou sufocada e ao mesmo tempo vazia por dentro. Tenho uma vontade enorme de chorar, mas caí nem se quer uma lágrima dos meus olhos. Parece que há algo dentro de mim querendo desmoronar, talvez seja meu coração pedindo socorro, pedindo ajuda por toda essa confusão dentro dele, sinto que ele está prestes a explodir a qualquer momento e para isso não acontecer bastaria eu apenas desabafar minhas dores no meio das lágrimas. Mas ao mesmo tempo minha mente me diz para não fraquejar outra vez, e então essa confusão de sentimentos e decisões dentro de mim bloqueiam todos os meus tipos de atos. Não sei como agir, não sei o que fazer, nem ao menos no que pensar. Sinto-me fria por dentro e por fora, me sinto vazia, não tenho mais emoções concretas dentro de mim. Todos os meus dias da minha vida acabam sempre com um ponto de interrogação, não á um dia se quer que eu não crie duvidas na minha cabeça, e não consigo encontrar resposta para nenhuma delas. Não consigo decifrar o que está acontecendo dentro de mim, e isso só tem a piorar, pois pior do que sentir e não sentir ao mesmo tempo todas essas confusões dentro de mim, é ter que agüentar tudo isso de cabeça erguida para que não aja ninguém querendo interferir nisso e acabar me deixando pior com suas críticas sem sentido.