sexta-feira, 27 de julho de 2012

Passou mais uma noite, e fui me apaixonando um pouco mais. Imaginando a sensação boa que o abraço dele tem. Percebendo que contar os sorrisos que ele da por aquela tela é o cálculo mais usado por mim. Dormi pensando como seria a respiração dele na minha orelha. Mais uma madrugada passou. Eu acordei e percebi que estou ferrada por gostar de alguém desse jeito. E mesmo assim, a única coisa que eu quero fazer é segurar a mão dele mais forte e não me importar com os problemas em volta. [...] Pra ser bem sincera, eu nunca acreditei muito no amor. Não naqueles retratados em filmes ou novelas, não naqueles dos livros e nem naqueles que uma amiga me contou. Eu não acredito nessas de beijinho-beijinho, abracinho-abracinho e nem desses de juntos para todo o sempre com um final feliz. Amor que é amor tem seus altos, mas também tem seus baixos; tem seus momentos fofinhos, mas também tem portas batendo; tem beijo, mas também tem gritaria. Amor de ninguém é perfeito, e é isso que o faz ser especial. Sabemos dos defeitos da pessoa ao lado, mas mesmo assim gostamos dela, e a cada dia que se passa se gosta mais e mais. Eu tenho medo de não conseguir mais amar, de não conseguir me deixar ser amada, de ter medo do amor. Eu tenho medo de me tornar uma pessoa fria, uma pessoa individualista que só se importa com a programação da televisão e os lançamentos do cinema. Eu tenho medo de deixar ser o que sou, de não suportar a dor e de viver de saudades. Eu tenho medo, será que você não percebe? Sou feito marionete que facilmente por ti é manipulada, sou feito brinquedo que você só procura quando está sem mais nenhum e logo depois guarda naquela gaveta velha. Acho ridículo a forma como você me ganha sem nenhum esforço, a forma que você me tem mesmo sem saber, a forma como eu te trato sem você ao menos merecer. O amor é ridículo… quer ser ridículo comigo?

quinta-feira, 12 de julho de 2012



Não quero gostar de você porque enfraqueço. Porque não sei fazer piada disso. Eu perco a graça. Não quero gostar de você porque ta chato, ta chato falar de amor. Respirar pela metade, desejar uma presença constante ao mesmo tempo que ausente. Não quero gostar de você porque não sei gostar, porque me acho pouco. Porque as razões são muitas e pra enlouquecer falta bem pouco. Não quero gostar de você por motivos óbvios, tão óbvios que nem sei quais são. Não quero gostar de você, e digo alto, grito e esperneio. Pra ver se te espanto, pra ter pra onde correr. Não quero gostar de você porque não sei te olhar nos olhos, e meu coração… Quase para. Não quero gostar de você porque sou louca, sou boba, sou tola. Porque ajo como criança, e, no entanto quero ser grande pra cuidar de você. Não quero gostar de você porque a memória ta sem espaço pra pensar em outra coisa. Porque meu subconsciente fez cópias exatas do teu rosto pra me fazer lembrar. “Não quero gostar de você”, repito por vezes seguidas durante o dia. Escrevo no papel pra não me contradizer. Mas do que adianta? Eu não quero gostar de você.

- Não quero gostar de você porque te amo.